quarta-feira, 15 de julho de 2015





Queda livre
Andando na corda bamba, como um equilibrista em cima do muro... abro os braços para me equilibrar dando um abraço no vento que quer me derrubar...
Olho pra frente e não vejo nada, mesmo assim fixo o olhar num ponto qualquer, finjo que é uma chama, que me chama... e eu vou!
Passos lentos... Pé ante pé...
A corda balança faz tremer o caminhar.
Continuo de braços abertos a espera de outro abraço...
Um abraço real, com cor e sabor...
Um abraço quente que me faça flutuar!
Meus olhos se esquivam do tal ponto que finge me chamar... desequilibro, bambeio pra lá, escorrego pra cá... e sem rede de proteção , caio me esborrachando no chão!
Silencio
Olhos atentos me olham
Permaneço inerte
Jogada
Quebrada naquele chão
Consciente?
Chacoalho a cabeça sem me mexer
Abro e fecho os olhos sem piscar
Não sinto dor
Não sinto sangue escorrer
Será que morri?
Não ouço o cantar dos anjos, nem o queimar das brasas do inferno...
Permaneço ali
Sem eira nem beira
Entre a vida e a morte!


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