sexta-feira, 27 de outubro de 2017

365 Escrever Todo Dia Micro contos Escambau 09 Transferindo de lá pra cá... tbt

 continuando...

Micro contos Escambau - 09
#microcontosescambau
#concorrendo

Palavra do Dia - 30.10
Catapulta


A antiga e ultrapassada arma de guerra seria de grande valia para o Meio Ambiente – a catapulta lançaria sementes, o reflorestamento era urgente!

Palavra do Dia - 29.10
Peregrino


Solitário, permanecia no topo da mais alta torre da cidade por horas a fio, apenas observando. Sua coroa preta na cabeça não o impedia de se arremessar de grandes alturas, e o fazia majestosamente, quando uma oportunidade surgia distraída...
Predador, o falcão-peregrino é o Senhor dos Céus!

Palavra do Dia - 28.10
Colônia 

Clara vivia numa colônia de pescadores. Apaixonada pelo mar, ficava na areia esperando seu amor tocá-la.
E ele vinha sem pressa, num jogo de sedução – ia e voltava, deixando seu sorriso branco acariciá-la!
Não demorou em tomá-la em seus braços, e lá se foi Clara, a canoa apaixonada atrás do seu Amor!

Palavra do Dia - 27.10
Tubo


Foi preciso algum tempo para que todos os tubos fossem desligados do corpo físico. Não sentia mais dor. Apenas medo e arrependimento. Desejou que sua Vida tivesse sido diferente.

Palavra do Dia - 26.10
Dinheiro

- Fui assaltada! Disse a moça da mesa ao lado.
- Levaram todo meu dinheiro!
Tive pena. Fui ajuda-la – Eu pago sua conta, não se preocupe!

Nos divertimos lavando pratos o resto da noite!
Já se passaram 10 anos, estamos juntas desde então!

Palavra do Dia - 25.10
Parquímetro 

Revoltado, o flanelinha sequestrou o parquímetro. Após dias de cativeiro, criou-se entre eles um relacionamento de confiança, afeto e amizade!
Agora é comum vê-los trabalhando juntos numa Praça em Estocolmo!

Palavra do Dia - 24.10
Parágrafo

Entendidas, amavam-se.
Foram condenadas, pelo parágrafo da lei que não as reconhecia!

Palavra do Dia - 23.10
Rio

Rios vertiam.
Ambas arrepiavam-se!
O êxtase veio logo a seguir...

Palavra do Dia - 22.10
Poema

Doava poemas para quem não tinha amor.
Havia fila de espera!


sábado, 21 de outubro de 2017

365 Escrever Todo Dia Micro Contos Escambau 12 Transferindo de lá pra cá... tbt

 continuando... Micro contos Escambau - 12



#microcontosescambau
#concorrendo

Palavra do Dia - 21.10
Cócegas

Aquela dinheirama toda fazia cócegas em suas mãos.
Pena que as notas estavam marcadas!

Palavra do Dia - 20.10
Meias

Um homem-bomba explodiu no meio do palco!
Restaram apenas meias-entradas...
Foi um show de horrores!


Palavra do Dia - 19.10
Fita

Sábado à tarde, hora da pelada...
João exagerava na fita, enquanto Maria batia um bolão!



Palavra do Dia - 18.10
Espada

O Peixe-espada todo garboso, em seu uniforme prateado, gabava-se de ser o guardião do tesouro da Princesa Ariel.
Mas o Polvo, que sabia se camuflar, roubou todas as pérolas!



Palavra do Dia - 17.10
Carta

Escrevi um bilhete em papel de carta, disse apenas um oi...
Sou tímida!



Palavra do Dia - 16.10
Braça

Neblina densa, não se via quase nada.
Uma braça, um pouco mais talvez...
Mesmo atento, não viu a cratera!
Puf!
Caiu!



Palavra do Dia - 15.10
Costureira

Tinha mãos de fada! Com pequenas varinhas mágicas e fios coloridos, a costureira customizava sonhos!



Palavra do Dia - 14.10
Cinta

Foi só rasgar a cinta que o envolvia, para o Romance começar. Precisei de poucas páginas para perceber que dessa vez o Príncipe ia sobrar...
- As Princesas? Foram felizes para sempre!



Palavra do Dia - 13.10
Árvore

Após a passagem de Maria, poucas árvores ficaram em pé.



Palavra do Dia - 12.10
Governo

Para seu governo, as leis são para todos - “escreveu não leu, o pau comeu”!
... sem violência é claro!



Palavra do Dia - 11.10
Aventura

Por um pequeno vão no telhado, o gato preto entrou na Capela.
Procurando a Santa devota para implorar sua proteção:

– Me proteja, oh Aparecida na próxima Sexta-feira!

Apesar das 7 vidas, o gatinho receava por mais essa aventura!


Palavra do Dia - 10.10
Novidade

Quando elas chegaram, muitos torceram o nariz!
- duas mulheres morando aqui??...
Passada a novidade, perceberam que aquelas duas eram tão normais quanto todos que moravam ali.


segunda-feira, 9 de outubro de 2017

365 Escrever Todo Dia Micro Contos Escambau 06 Transferindo de lá pra cá... tbt

 

Micro Contos - Escambau 06


Para sair da rotina de finalizar meu livro, (Não é bloqueio! Tenho tudo pronto na minha cabeça, só estou dando um tempo para as minhas meninas pensarem um pouco em suas atitudes... coisa minha!).

Adentrei num universo pequeno na quantidade de caracteres e agigantado no que se refere à transmissão da ideia!

Mesmo sendo um “concurso”, para mim, trata-se de mais um exercício diário de escrita criativa!

Todos os dias uma palavra nova é dada e dentro de 24 horas um micro conto deverá ser postado em determinado grupo no facebook – Máximo de 300 caracteres e necessariamente a tal palavra precisa fazer parte do contexto escrito, obvio!

#microcontosescambau
#concorrendo



Palavra do Dia - 09.10
Flauta
      Sopro sua intimidade sentindo a minha transbordar!
      Nossos lábios se tornam grandes...
      És minha flauta, doce amada, não me canso de te tocar!

      Palavra do Dia - 07.10
      Maratona

      Dormia com as galinhas e acordava com os passarinhos!
      E no tempo que restava, assistia alheia à maratona da vida ,que passava bem ali - nos portões do asilo

      Palavra do dia: - 06.10
      Clique 

      Para ele nada tinha importância – manifestações, vaias, palavras de ordem, nada nada... Até ouvir o clique das algemas!

      Palavra do dia:  - 05.10
      Puberdade

      Em plena Era Digital, a puberdade é a única que permanece igual!

      Palavra do Dia: 04.10
      Votação

      Votação encerrada: O Amor venceu!
      Ainda há Esperança!

      Palavra do dia: - 03.10
      Nostalgia

      A cama, antes cheia de gozo e gemidos, sobrevive agora de suspiros e nostalgia!

      terça-feira, 3 de outubro de 2017

      365 Escrever Todo Dia Assalto Transferindo de lá pra cá... tbt

       


      Com certeza vou repensar sobre a possibilidade de voltar a viajar de avião nos próximos 50 anos! Foi a pior sensação que senti na minha vida! E pensar que minha filha estava junto de mim tornou aquele momento, no mais terrível e desesperador...

      Íamos visitar minha mãe. Ponte aérea. São Paulo – Rio. Um pulinho de um pouco mais de meia hora.

      A aeronave foi tomada por bandidos, que renderam o comandante e a tripulação numa ação inusitada, pegando todos de surpresa.

      Todos eles foram amordaçados e bem amarrados!

      Ação esquematizada, miletrícamente planejada.

      Os delinquentes usavam uniformes dos funcionários que abastecem o avião e rapidamente invadiram o lugar aterrorizando a todos! Eram em uns 10, doze homens ou mais, que agilmente se distribuíram entre as poltronas, recolhendo primeiramente todos os celulares.

      Muito ligeiro, sem dar muito tempo de perceber o que acontecia.

      Só de entender que estávamos sendo roubados!

      Algumas mulheres se puseram a gritar. Histéricas, foram esbofeteadas logo de cara. Crianças amedrontadas choravam em silencio, umas escondidas protegidas pelo abraço da mãe, outras arriscavam com o olhar curioso sem ter consciência do perigo.

      Poucos homens ameaçaram um enfrentamento, os que tentaram, tombaram para sempre... Assim, num queima roupa silencioso.

      Gritos abafados.

      Desmaios.

      Pensei na minha filha, relutei calado com ela em meus braços.

      - fique calma querida! Fique calma, por favor! Supliquei!

      Enquanto colocávamos nossos pequenos pertences – carteiras e joias numa bolsa de viagem que nos era apresentada por dois mascarados, outros deles, não sei precisar quantos, abriam os compartimentos da bagagem acima de nossas cabeças e retiravam tudo o que havíamos acabado de colocar. Às vezes tive a impressão que havia muitos deles... Pois em nenhum momento deixaram de nos vigiar por toda a extensão do avião. Era como se eles se multiplicassem entre as fileiras dos bancos.

      Pareciam ter ensaiado cada movimento, assim como uma baliza em frente da banda, executavam seus movimentos com coordenação e cada passo era de acordo com o do companheiro mascarado do lado. Sincronizados!

      A bagagem de mão era examinada uma a uma, sendo descartada, depois de subtraído o que pudesse ter algum valor!

      Num dado momento, pediram que nos levantássemos, pegássemos nossa bagagem e saíssemos do avião.

      A confusão foi maior. Como se nós também estivéssemos ensaiado, levantamos todos juntos desesperadamente a procura da rota de fuga.

      Na aeronave ficou apenas o comandante, a tripulação, uniformes e mascaras jogadas no chão!

      G1 - Wilfredo Lee - AP



      segunda-feira, 2 de outubro de 2017

      354 Escrever Todo Dia Fogo Transferindo de lá pra cá... tbt

       Não havia nada que pudesse ser feito naquele momento. A não ser correr. Sair dali o mais rápido possível. ir para bem longe.

      O fogo se apossou velozmente, destruindo tudo de maneira brutal.
      Ele chegou de surpresa – não se sabe se foi no embaraço de fios ou se o botijão que explodiu.
      Ninguém sabe ninguém viu!
      Pode ter sido também o toco de vela que ficava ao pé da cama...
      De repente o que se ouviu foram gritos, o povo agoniado sem saber o que fazer.
      Uma correria infernal!
      G1 - Foto: Andressa Anholete - AFP
      As pequenas casas de pau a pique iam se desfazendo como castelos de areia que foram abraçados por uma onda na beira do mar!
      Os poucos móveis que existiam no interior viraram cinzas. Restou apenas o abandono, o desespero...
      O fogaréu consumiu o que existia e a esperança, do que poderia, um dia, ainda vir.
       A fumaça quente sufocava enchendo de fuligem os pulmões impedindo o ar de circular. Suspiros abafados. Lagrimas manchavam os rostos assustados.
      A escassez de tudo era abundante. Não se via socorro nem um balde d’água para amenizar!
      Ninguém apareceu estendendo a mão, nada!
      Não se sabe como tudo começou, só sabemos como aquilo tudo acabou – um monte de entulho queimado com cinzas espalhadas.
      Aquela gente, antes pobre, agora miserável, sem ter onde morar, sem saber o que fazer...

      365 Escrever Todo Dia Caio e o balão Transferindo de lá pra cá... tbt

       



      Caio e o seu balão


      As crianças de hoje em dia parecem que dão de dez a zero nas crianças das gerações passadas!

      Já saem do ventre das mães direto para as redes sociais!
      E com o Caio não é diferente! Um garoto de cinco anos muito espertinho!
      Entre uma atividade aqui e outra ali, a mãe deixa que ele se aventure pelo mundo tecnológico. E ele adora esse mundo digital!
      Naquele dia não foi diferente, depois das tarefas diárias lá foi o Caio para o cantinho do computador. Mas ele não ia se arriscar nas corridas automobilísticas, caçadas a tesouros perdidos ou ser um lutador de artes marciais.
      O que ele queria era descobrir uma maneira de ir visitar a sua avó, tão querida, voando!
      Ela tinha lhe contado uma história certa vez, sobre um menino que não tinha asas, mas que conseguiu voar!
      Acontece que esse garoto tinha como amiga uma nuvenzinha...
      Apesar de ter muitos amigos, Caio não tem uma nuvem como amiga!
       A única coisa que ele tinha que voava, era um balão que ganhou de seu pai, domingo no parque!
      Precisava descobrir uma maneira de como usar o seu lindo balão amarelo para sair voando pelo céu como um pássaro! E quem sabe assim, ir visitar a sua avó lá na praia.
       Não! Pássaros têm asas e o balão não!
      Então seria flutuando pelo céu, assim como a tal nuvenzinha da história da vovó querida!
      Com a agilidade das crianças da geração digital, Caio investigou as possibilidades da sua proeza, e após minutos, que pareceram horas, concluiu que aquela aventura não seria tão simples como na história da hora de dormir!
      Depois de pensar, achou melhor mudar o seu meio de transporte.
      Foi até a sala decidido – pai, vamos de carro ver a vovó!
      Face: foto Gabriela Barbiellini










      365 Escrever Todo Dia Pagando Promessa Transferindo de lá pra cá... tbt

       Josué sentia-se exausto. Não sabia onde estava com a cabeça quando fez aquela promessa!

      Chegar ao topo da Montanha Sagrada subindo pelas escadas de pedra!
      Sabia que seria difícil e cansativo. Sinceramente? Nem pensou nisso na hora do desespero, só desejou ter o que barganhar com suas Divindades.
      Tem momentos que a nossa agonia é tanta que não medimos as consequências daquilo que prometemos, e depois a nossa consciência fica responsável do sim ou do não, do cumprir ou deixar passar...
      E Josué mesmo arrependido, ouviu a sua voz interior assumindo a palavra dada e começou a subir...
      O céu azul com poucas nuvens e um cheiro de mato emoldurava a subida. Os primeiros lances foram fáceis, a cada degrau alcançado um pensamento de gratidão se elevava a seus deuses e assim recuperava forças para continuar.
      Centenas de degraus foram sendo deixados para traz, porem milhares deles o aguardava logo à frente! Os agradecimentos iam ficando mais espaçados, o suor escorrendo, as pernas sem forças começavam a falhar dificultando a tarefa!
      Sentia-se desanimado, com medo de que seu corpo não conseguisse cumprir a palavra dada!
      Após vários lances, quase que arrastado, Josué já cambaleando.
      Senta na tentativa de recuperar o fôlego. Fecha os olhos, respira com calma deixando o coração estabilizar as batidas. Não tem pressa. Permaneceu assim sem saber de quanto tempo precisou para ter certeza de que não ia desanimar.
      Seu suposto sacrifício era uma recompensa. Acreditava naquilo!
      Ergueu-se lentamente. Sentiu-se recomposto de animo e disposição.
      Pensou na pequena Josi, sua filha recém-operada e seguiu em frente – parando algumas vezes, mas seguindo sempre!  

      Foto Damir Sagolj - Reuters