Para onde vai o meu imposto?
Saiu o resultado do 1º Concurso Nacional de Crônicas.
Pra mim, ainda não foi dessa vez..
Para onde vai o meu imposto?
mas que
beleza...”.
Jorge Ben Jor
É
a pergunta que não quer calar!
Essa
brincadeira sem graça começou com Zé, o do Egito. Ele disse que o povo deveria
dar 1/5 do que produzisse ao Faraó. O resto seria para manter a casa e a
família.
Nada
que é imposto é legal!
Bom
seria se houvesse retorno, se a lei funcionasse nas 2 vias – para quem é obrigado
a pagar e para quem deveria reverter à sociedade parte desses recursos, beneficiando
de fato a Nação. Nem sempre pagar os impostos garante ao contribuinte a
contrapartida!
Arrecadamos
como gente grande, de 1º mundo! Mas agimos como jovens aborrecentes! Nossas ações são de 3º mundo!
Estamos
entre os países com a maior carga tributária da America Latina, mas estamos em
último lugar no retorno com benefícios para a população!
Nosso
imposto vai pelo ralo, onde a água está escassa – faltou investimento – mas o
meu imposto desce por ele numa boa, e se perde nas fraudes, na falta de
planejamento, nos buracos das ruas, nas obras superfaturadas, na falta de
moradias e hospitais, de saneamento básico e de escolas.
Como
é mesmo? Pátria Educadora? Onde não se tem carteiras escolares, giz, papel
higiênico? Fala sério!
É
a má administração da grana!
A
desordem orçamentária é real!
O
país bonito por natureza se torna feio e cheio de desvios.
Obstáculos
são impostos aos cidadãos, que são obrigados a pagar por serviços que deveriam
ser dados pelo Governo, como Saúde, Segurança e Educação.
Estou
falando da Saúde que funciona, bem das pernas e é saudável. Da Segurança que
transmite confiança e é segura. E da Educação que de fato educa e ensina a
pensar.
As
prioridades perderam espaço para questões políticas, vaidades e falsas
promessas!
O
Brasil arrecada muito e pouco restitui aos contribuintes. O benefício se perde
pelo caminho. Faz pensar...
Pagar
imposto é caro e suado para o cidadão, que muitas vezes fica horas nas filas
dos Postos de Saúde na esperança do atendimento médico. Algumas vezes é surpreendido
pela falta de profissionais, de equipamento, da ambulância que demora ou nem
chega. Muitos nem são atendidos, morrem antes!
Tenho
certeza que por aí meu imposto não passou nem perto!
Tem
até aquelas filas no começo do ano, onde pais precisam acampar na esperança de
uma vaga escolar para seus filhos!
Caderno,
lápis, livro didático? Uniforme? Vai ter merenda? Se os pais levarem os legumes...
Andando
pelo Brasil, pode-se ver melhor por onde meu imposto não foi.
Por
rodovias sem eira nem beira e muito menos acostamento, com mais buracos que um
queijo Suíço. Opa! Queijo? Desculpem, não está previsto no orçamento, não no
nosso...
Por
estradas que não saíram do papel, ou por outras que não chegam a lugar algum, e
custaram uma fábula! E não estou falando de Conto de Fadas, talvez do Conto do
Vigário!
Já
cheguei quase nos 3 mil caracteres e ainda não sei onde foi parar o meu
imposto...
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