segunda-feira, 3 de agosto de 2015



Para onde vai o meu imposto?


Saiu o resultado do 1º Concurso Nacional de Crônicas. 
Pra mim, ainda não foi dessa vez.. 




 Para onde vai o meu imposto?                                     
                                                                     “... um país bonito por natureza,
mas que beleza...”.
Jorge Ben Jor
É a pergunta que não quer calar!
Essa brincadeira sem graça começou com Zé, o do Egito. Ele disse que o povo deveria dar 1/5 do que produzisse ao Faraó. O resto seria para manter a casa e a família.
Nada que é imposto é legal!
Bom seria se houvesse retorno, se a lei funcionasse nas 2 vias – para quem é obrigado a pagar e para quem deveria reverter à sociedade parte desses recursos, beneficiando de fato a Nação. Nem sempre pagar os impostos garante ao contribuinte a contrapartida!
Arrecadamos como gente grande, de 1º mundo! Mas agimos como jovens aborrecentes! Nossas ações são de 3º mundo!
Estamos entre os países com a maior carga tributária da America Latina, mas estamos em último lugar no retorno com benefícios para a população!
Nosso imposto vai pelo ralo, onde a água está escassa – faltou investimento – mas o meu imposto desce por ele numa boa, e se perde nas fraudes, na falta de planejamento, nos buracos das ruas, nas obras superfaturadas, na falta de moradias e hospitais, de saneamento básico e de escolas.
Como é mesmo? Pátria Educadora? Onde não se tem carteiras escolares, giz, papel higiênico? Fala sério!
É a má administração da grana!
A desordem orçamentária é real!
O país bonito por natureza se torna feio e cheio de desvios.
Obstáculos são impostos aos cidadãos, que são obrigados a pagar por serviços que deveriam ser dados pelo Governo, como Saúde, Segurança e Educação.
Estou falando da Saúde que funciona, bem das pernas e é saudável. Da Segurança que transmite confiança e é segura. E da Educação que de fato educa e ensina a pensar.
As prioridades perderam espaço para questões políticas, vaidades e falsas promessas!
O Brasil arrecada muito e pouco restitui aos contribuintes. O benefício se perde pelo caminho. Faz pensar...
Pagar imposto é caro e suado para o cidadão, que muitas vezes fica horas nas filas dos Postos de Saúde na esperança do atendimento médico. Algumas vezes é surpreendido pela falta de profissionais, de equipamento, da ambulância que demora ou nem chega. Muitos nem são atendidos, morrem antes!
Tenho certeza que por aí meu imposto não passou nem perto!
Tem até aquelas filas no começo do ano, onde pais precisam acampar na esperança de uma vaga escolar para seus filhos!
Caderno, lápis, livro didático? Uniforme? Vai ter merenda? Se os pais levarem os legumes...
Andando pelo Brasil, pode-se ver melhor por onde meu imposto não foi.
Por rodovias sem eira nem beira e muito menos acostamento, com mais buracos que um queijo Suíço. Opa! Queijo? Desculpem, não está previsto no orçamento, não no nosso...
Por estradas que não saíram do papel, ou por outras que não chegam a lugar algum, e custaram uma fábula! E não estou falando de Conto de Fadas, talvez do Conto do Vigário!
Já cheguei quase nos 3 mil caracteres e ainda não sei onde foi parar o meu imposto...



Nenhum comentário:

Postar um comentário