Não havia nada que pudesse ser feito naquele momento. A não ser correr. Sair dali o mais rápido possível. ir para bem longe.
O fogo se apossou velozmente, destruindo tudo de maneira brutal.
Ele chegou de surpresa – não se sabe se foi no embaraço de fios ou se o botijão que explodiu.
Ninguém sabe ninguém viu!
Pode ter sido também o toco de vela que ficava ao pé da cama...
De repente o que se ouviu foram gritos, o povo agoniado sem saber o que fazer.
Uma correria infernal!
G1 - Foto: Andressa Anholete - AFP |
Os poucos móveis que existiam no interior viraram cinzas. Restou apenas o abandono, o desespero...
O fogaréu consumiu o que existia e a esperança, do que poderia, um dia, ainda vir.
A fumaça quente sufocava enchendo de fuligem os pulmões impedindo o ar de circular. Suspiros abafados. Lagrimas manchavam os rostos assustados.
A escassez de tudo era abundante. Não se via socorro nem um balde d’água para amenizar!
Ninguém apareceu estendendo a mão, nada!
Não se sabe como tudo começou, só sabemos como aquilo tudo acabou – um monte de entulho queimado com cinzas espalhadas.
Aquela gente, antes pobre, agora miserável, sem ter onde morar, sem saber o que fazer...
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